top of page

Crítica - Barbie


Hoje tem trilha sonora. Escolha a versão original aqui ou a versão BR aqui.


Tem essa versão aqui também:


Sou a Barbie Girl

Moro de aluguel

Em um barraco

Tá cheio de buraco


Presta atenção

No meu pano de chão

Sou diferente

Só uso detergente


Não me lembro onde eu ouvi essa aí pela primeira vez, mas espero que você tenha lido a letra cantando no ritmo.


Essa Barbie pode estar na Barbielândia, mas não aparece no filme. Nem ela, nem a Kelly Key. Entretanto não seria surpresa nenhuma se ambas pintassem lá. Bastaria só a diretora e co-roteirista Greta Gerwig conhecer essas versões.


Cabe reforçar que Barbie é uma comédia. Não é um drama ou romance com uns alívios cômicos. É comédia, com diálogos afiadíssimos e algumas cenas de verdadeira patifaria. Até tem um quê de musical, embora tenha os dois pés na farofa nesses momentos. A mente por trás do filme estava soltinha no pagode e fez piada de tudo e de todos, incluindo o conceito deturpado da boneca ao passar dos anos, piadas fortes com a Mattel e, até mesmo, a "feiura" da Margot Robbie.


Vou me aprofundar pouco nesta parte agora, por motivos óbvios. Greta Gerwig não tem medo de ser feliz ao criticar o patriarcado. O filme é uma grande ode ao feminismo e tem muitas lições para ensinar, principalmente na comparação entre a Barbielândia e o Mundo Real. Fica a torcida para que muitas vejam e se sintam representadas na discussão. Fica a torcida para que muitos vejam e entendam que temos bastante para aprender.


Com um elenco estelar, liderado pela Margot Robbie, a personagem principal dá um show de talento, emoção, veia cômica, looks cor-de-rosa, reflexos da crise existencial da boneca e muita simpatia. Ryan Gosling também entrega legal pelo fato dele precisar ser engessado no filme, mas outras pessoas chamam mais atenção, ao menos pra mim.


America Ferrera, com um monólogo que estará no DVD enviado para a Academia do Oscar considerar sua indicação para melhor atriz coadjuvante. Outra que pode pintar tranquilamente é Kate McKinnon. A personagem dela é ótima e faz o meio-de-campo entre a Barbielândia e o Mundo Real, digamos assim. Ela é um tipo de Barbie cheia de ideais e lições de moral, podendo ser até um pouco do reflexo da mente da roteirista e diretora Greta Gerwig.


Direção impecável. Roteiro maravilhoso. O brilho de Greta Gerwig reluz no filme Barbie. Falei muito o nome dela aqui e não foi a toa. Obviamente Margot Robbie como Barbie deve levar mais destaque e você vai dizer que ela entregou tudo, assim que a sessão acabar no cinema. Ryan Gosling como Ken vai ouvir muitos elogios também. Mas é tudo graças a Greta que fez algo que tinha tudo pra se perder e em momento nenhum transpareceu durante a trama. Temos uma das melhores produções de 2023 e Oppenheimer que lute pra superar. Pra mim só está abaixo de Homem-Aranha Através do Aranhaverso como melhor do ano. De fato, Barbie merece toda pompa, circunstância, looks maravilhosos da audiência, charme, brilho e tudo mais que você esperar de bom.


Nota: 5 acarajés

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page