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Foto do escritorLara Chavez

Crítica - Coringa: Delírio a Dois

Todd Phillips, por que tentar inovar com tanta rapidez?



Todo mundo é fã de alguma comédia dirigida ou produzida por Todd Phillips. A trilogia “Se Beber Não Case” (2009, 2011 e 2013) e “Projeto X” (2012) ganham disparado. Com “Cães de Guerra” (2016), Phillips inova e alcança um novo público com uma comedia mais densa, carregada de suspense.


Mas ele alcança seu ápice um ano depois de produzir “Nasce Uma Estrela” (2018), dirigindo o excelentíssimo “Coringa” (2019). O filme, ovacionado tanto pelos cinéfilos e pelos amantes de blockbusters, gerou bilheteria suficiente pra sua sequência. Chega então, em 3 de outubro, “Coringa: Delírio a Dois” nos cinemas brasileiros.

E era melhor não ter chegado. Diferente do primeiro filme - que conquistou o Oscar e trouxe a figura do Coringa novamente ao gosto do público - a sequência é fraca, com uma mistura mal feita de drama, comédia e música. Ao tentar realizar “Nasce um Coringa”, toda a glória alcançada com o primeiro filme se transformou em mais de 60% de tomates podres no Rotten e até mesmo os críticos de Letterboxd não foram capazes de suportar essa bomba.


Apesar das excelentes atuações de Joaquin Phoenix e Lady Gaga dando vida a Harley Quinzel, além da fotografia extremamente bem feita, isso não foi suficiente pra superar um roteiro ruim e uma péssima execução do gênero musical. Embora os primeiros 30 minutos do filme tenham um potencial gigantesco, as quase duas horas restantes cansam e, apesar das boas piadas no último arco, te fazem sair do cinema com uma profunda decepção.


Aparentemente, arriscar a direção de um drama e colher bons frutos disso deixou Phillips pensar que qualquer inovação na sua carreira fosse dar certo. É triste pensar que Joaquin Phoenix, que finalmente trouxe a figura do Coringa pra um lugar afetivo depois do Heath Ledger, possa não assumir o papel novamente por uma péssima bilheteria.


Nota: 2 acarajés.

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