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Crítica - Fúria Incontrolável

Atualizado: 25 de mar. de 2021

Fúria Incontrolável é uma obra que tem uma premissa interessante e a intenção de fazer com que as pessoas absorvam a moral da história, “tenha paciência no trânsito”. Dentro do gênero de terror (definido pela Prime Video), o filme aborda a história de Rachel Hunter (Caren Pistorius) que está tendo um péssimo dia. Num momento de muita irritação tem uma discussão no trânsito com Tom Cooper (Russell Crowe) e, por esse único motivo, acaba sendo perseguida por ele e tornando seus amigos e familiares alvos da ira desse homem.


É notável a tentativa de fazer algo semelhante ao filme Um Dia De Fúria (1993), onde o núcleo principal é guiado pela narração de uma perseguição constante. Entretanto, no filme em questão, o roteiro não é envolvente e peca em manter a atenção do telespectador, que constantemente se pergunta a motivação do personagem de Crowe, e pelo motivo de não obtermos a resposta em momento nenhum, o filme se torna sem sentido e muitas vezes beira o tédio.



Por outro lado, o diálogo trazido pela obra é extremamente importante e deve ser levado em consideração. Todos estamos inseridos numa sociedade imediatista que nos adoece, quando se soma uma rotina agitada, problemas financeiros e as pequenas adversidades do dia a dia que vão se acumulando, não sabemos até que ponto podemos chegar. O personagem de Crowe é uma personificação superlativa de cada um de nós e nosso lado mais obscuro, quando todos os nossos limites são ultrapassados, e qual seria o cenário se aquele ódio momentâneo que sentimos às vezes, tomasse conta e permanecesse no comando de nossa vida.


Na perspectiva das atuações do núcleo principal, Russell Crowe não dá o melhor de si (ao comparar com outras obras e reconhecendo a capacidade do ator). Penso que, por não ter tido acesso ao histórico do personagem e sua motivação para tais atos, o ator não teve a possibilidade de fazer uma conexão profunda e real e isso fica claro ao longo do filme. O que temos é um ódio superficial demonstrado por ele. Já para Caren Pistorius, mostra-se realmente envolvida com a personagem e é, em partes, o que nos mantém assistindo até o final, juntamente com o ator mirim Gabriel Bateman (Kyle Hunter), que interpreta o filho de Rachel e, mesmo não tendo muito tempo de tela, pode-se perceber que possui uma conexão real com seu personagem. Porém é importante ressaltar que os personagens citados por último têm um background mais bem aproveitado no roteiro e poucas obras em seu currículo para que hajam comparações mais profundas.


Nota: 1 acarajé

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