Toda e qualquer situação envolvendo fundo do mar me remete aos bilionarios mortos por conta da vontade de ver o Titanic de perto. O caso comoveu uma quantidade de quase zero pessoas e trouxe uma discussão relevante sobre a pressão atmosférica existente no fundo dos oceanos.
Se houvesse um filme sobre essa história, seria bastante interessante vê-lo numa coméida slasher. Como não o temos ainda, agora vamos falar de Sem Ar, uma produção que conta a história de duas mergulhadoras passando por problemas sérios após um deslizamento de pedras afetar o local de mergulho delas, prendendo uma das duas.
Essa produção acerta em mostrar que são duas gurias que tinha uma relação forte antigamente, mas estão distantes hoje. Não sei se acerta em mostrar que momentos desesperados exigem atitudes desesperadas. Definitivamente não acerta em seu ritmo, em levantar questões e não respondê-las, além do fato que o filme não traz muita coisa interessante, exceto o medo de ir numa praia num futuro próximo.
Se o filme focasse apenas na questão de sobrevivência, seria mais do mesmo e teria uma nota perto da média. Sem Deus Ex Machina na hora do salvamento, com final feliz e alegria. Só que ele se propôs em fazer algo diferente, com flashbacks intrigantes da May (Louisa Krause) e sem resposta de quem a fulana lá matou, se matou, quem morreu, por que a relação entre as queridas é abalada, é tudo esquizofrenia? Gerou expectativas, não cumpriu e aquela de delírio por conta do nitrogênio apenas - uma justificativa jogada no meio da trama de qualquer jeito - não colou muito, ainda mais que a personagem já estava com cara de bunda antes de tudo acontecer. Sim, acabei de lhe dar spoilers do filme, mas duvido que você vá assistir. É uma grande perda de tempo, assim como construir um submarino pra ver o Titanic de perto.
Nota: 1 acarajé
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