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Crítica – X – A Marca da Morte

Sonhando em fazer um filme adulto de sucesso, jovens cineastas acabam em uma fazenda do Texas que é muito diferente do que eles esperavam.



Ti West, já é conhecido por suas participações em várias produções de terror e o caso não é diferente aqui com X – A Marca da Morte (e como sempre as traduções colocando subtítulos). Aqui temos a aventura cinematográfica de 6 pessoas: Maxine (Mia Goth), uma atriz que sabe que tem potêncial; seu futuro marido e empresário do grupo Wayne (Martin Henderson); RJ (Owen Campbell), cinegrafista com várias aspirações de ser grandioso e sua namorada meio religiosa Lorraine (Jenna Ortega); a belíssima estrela Bobby-Lynne (Brittany Snow) e o garanhão Jackson (Kid Cudi). Todos estão juntos com um objetivo: fazer o melhor filme adulto de todos em plenos anos 70. Bem inspirador, não acha? Com isso em mente, eles alugam o sítio no interior do Texas do casal de idosos Howard (Stephen Ure) e Pearl (também Mia Goth), os quais se comportam de um jeito digamos, bem suspeito.


De cara, devo dizer que o longa faz jus aos slashers dos anos 70. Tanto na parte mais visceral quanto no trabalho com o jeito como é gravada, a película consegue te entreter com a dinâmica bem feita entre os personagens. Desde o jeito “Marylyn Monroe” da Bobby-Lynne ao jeito mais recatado da Lorraine, todos tem uma atuação muito competente, mas tenho que destacar a Mia Goth e a Jenna Ortega. As duas entregam muito nos seus personagens, desde Mia Goth fazendo dois personagens que se contrastam bastante, apesar de terem suas similaridades, e toda a jornada de descobrimento de si mesma da Lorraine, bem interpretada pela Jenna Ortega. Há também uma discussão bem cabeça sobre o sexo em si e a indústria de produções adultas com a visão das pessoas daquela época.


Além das atuações, vale a pena destacar o carinho do Ti West em passar a estética dos anos 70, desde ângulos de câmera e zooms fechados ao tratamento de imagem com filtros que emulam a qualidade da imagem das filmagens da época. Um certo charme que me encantou durante minha experiência. Quanto ao ser visceral, parece que perguntaram ao Ti West quanto sangue e tripas ele queria no filme e ele respondeu apenas “SIM”. Tudo aqui é feito para causar estranheza e certo desconforto, como a cena de “dança” da Pearl. A edição do filme com cenas de cortes rápidos também é top tier.


Como a vida não é um morango, temos coisas que poderiam ser melhores como mais momentos de “estranheza” ou pelo menos uma melhor distribuição deles ao longo da história. Seria uma melhoria também um desenvolvimento mais trabalhado do suspense que se tem na história onde depois de um certo ponto você tá assistindo mais pra ver o “fogo no parquinho” do que o final da história em si.


Em resumo, se você é fã de filmes de terror slasher como Texas Chainsaw e Halloween tem aqui um prato cheio e saboroso que vai te entreter bastante. Ahh, tem cenas pós-créditos, que na verdade são um convite para o prequel desse filme, Pearl, que já foi gravado e vai sair daqui pro final do ano.


Nota: 3 Acarajés com 2 paçocas de quebra (e uma caixa dos cigarros que a Bobby-Lynne gosta, caso você fume)


Ficha Técnica: Nome Original: X Gênero: Terror, Suspense Duração: 105 minutos Elenco: Mia Goth, Jenna Ortega, Brittany Snow, Kid Cudi, Martin Henderson, Owen Campbell, Stephen Ure, James Gaylyn, Simon Prast Roteiro: Ti West Direção: Ti West Produção: A24, BRON Studios, MAD SOLAR Países de Origem: EUA, Canadá Distribuição: PlayArte Filmes


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