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Crítica: Viajantes - Instinto e Desejo

Ai ai… Fazia tempo que não escrevia para vocês Viajantes do Kiviage. E nada melhor que voltar escrevendo sobre um filme com o nome de Viajantes no título (mesmo achando desnecessário a adição de subtítulo)! Esse título, relativamente recente da Amazon Prime Video, traz jovens atores que tiveram trabalhos consideráveis e uns outros desconhecidos, pareados a um veterano das telonas.

No filme, acompanhamos um setup clássico do "fim da vida na terra”: Os humanos destruíram o planeta e os cientistas encontraram um planeta com as mesmas características da Terra. Porém, para chegar lá, serão necessários vários anos e apenas os netos dos tripulantes iriam ser os primeiros a pôr o pé no novo planeta. Com isso criam-se os tripulantes, por inseminação artificial, e os mesmo são criados em um ambiente controlado, sem nenhum tipo de contato com o ambiente externo. Richard (Colin Farrell), um dos integrantes da concepção do plano acaba ficando muito apegado às crianças que estão sendo criadas para cumprir essa missão e decide ir junto com elas para ter certeza de que tudo iria dar certo, mesmo que isso significasse nunca mais voltar para a Terra.

Então, sua adição à tripulação adianta o plano em 3 anos e enfim eles chegam a nave-casa que irá acompanhá-los por mais de 80 anos.


Parece que eu estou contando o filme, né? Relaxa, eu nem falei de 10 minutos do filme ainda. A história começa de fato 10 anos depois da saída da tripulação da Terra onde aquelas crianças já são jovens adultos estão começando a ficar mais curiosos sobre a vida em volta deles, principalmente Christopher (Tye Sheridan) e Zac (Fionn Whitehead) que descobrem coisas sobre a missão que não deveriam, além de Sela (Lily-Rose Depp) que, ao conversar com o Richard, acaba descobrindo um pouco mais sobre ele próprio e o planeta que eles deixaram pra trás.


Vamos lá… Esse filme só é. Só existe. Só está lá e pronto. Se eu tivesse que explicar seria algo como o “não fede, nem cheira", sendo ligeiramente esquecível após o seu término. A história em si é até legal e competente, mas a parte de ficção científica fica apenas focada em tecnologia e um pseudo-suspense com relação a nave e tudo isso acaba sendo fraco no contexto geral. Cinematic Parallels: O Senhor das Moscas (1990) só que no espaço. Não estarei mentindo se eu não esperasse isso do mesmo diretor da série Detergente, digo, Divergente. Além disso, parece que só pegaram um monte de ator novo e tacaram o Colin Farrell pra ter algum nome mais conhecido no pôster de divulgação. Já falando dele, digo logo que ele foi um pouco subutilizado na trama, podendo ter uma presença bem mais significativa (ou talvez isso era o que eu esperava dele). Sobre os outros atores jovens e conhecidos, tem-se uma atuação nada acima do normal mais competente. Os efeitos especiais desse filme são convincentes até um certo ponto, tendo algumas gafes que fãs mais assíduos de ficção científica vão torcer levemente o nariz. A fotografia não compromete e entrega o ar de viagem no espaço que o filme exige e a trilha sonora não se destaca nem para ruim nem para bom. Como eu disse, esse filme é esquecível porém "assistível" sem complicações. Fãs de ficção científica podem ficar levemente incomodados, mas para o espectador médio é um filme beirando o “bom pra assistir se não tiver mais o que fazer”. Não podia finalizar este texto sem dizer um fato: tem uma cena do filme que simplesmente não faz sentido e eu não consigo engolir que eles simplesmente “meteram essa” para cima do espectador. Nota: 2 acarajés, uma cocada de maracujivis e uma aguinha . Ficha Técnica:


Título Original: Voyagers

Duração: 108 minutos

Ano: 2021

Estreia: 10 de Setembro de 2021

Distribuição: Amazon Prime Video

Produção: AGC Studios

Direção: Neil Burger

Classificação: 14 anos

Gênero: Aventura, Sci-Fi, Thriller

Países de Origem: Reino Unido, EUA, Romênia, República Checa

Elenco: Tye Sheridan, Lily-Rose Depp, Fionn Whitehead, Colin Farrell, Archie Madekwe, Quintessa Swindell, Chanté Adams.

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