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Crítica – Top Gun Maverick



É de conhecimento público que Tom Cruise tem um tipo de megalomania em ser o centro das atenções em tudo o que faz. A gente sabe que é desnecessário ele se pendurar em um avião para gravar uma cena de Missão Impossível, entre outras coisas mirabolantes que ele faz... e que gostamos (confesse!). Em Top Gun Maverick – só pra lembrar, Maverick é o nome de guerra de Pete Mitchell (Tom Cruise) –, o ponto principal é homenagear a produção de 1986 e isso é o ponto mais positivo dessa sequência.


Top Gun (o primeiro) passou diversas vezes na Sessão da Tarde e marcou gerações, seja pelo protagonista, história, por Take My Breath Away ou Top Gang (que passava na Sessão da Tarde com frequência, também). Sua trama, caso lançada na atualidade, não passaria por muitas objeções. Em Top Gun (o novo), foi possível utilizar a mesma fórmula, que se resume a: um filme de ação sem trocação de soco, com um drama familiar, humor e piadas, um romance, uma trilha sonora recheada de hits clássicos e um monte de avião militar voando. Somando a isso, há flashbacks e inúmeras referências ao primeiro longa que pode deixar uma pessoa perdida ou dar um norte legal pra quem não assistiu Top Gun (o primeiro) e isso é o suficiente para entregar um resultado muito bom, mesmo com um roteiro simples.


Algo muito importante a ser mencionado é a parte técnica que é maravilhosa. Aparentemente, não houve muito uso de computação gráfica, mas houve muito efeito prático (à saber: caças voando). Obviamente teve cenas gravadas na famosa tela verde, mas foi bem orgânico e mostra uma grande competência da equipe de efeitos visuais. Além disso, há uma ótima participação de elenco, como um Miles Teller loiro sendo o filho do Goose (personagem que morreu no primeiro filme, interpretado por Anthony Edwards) e tem uma relevância significativa, dialogando com Top Gun (o primeiro). Uma boa aparição de Jennifer Connelly, que faz uma personagem citada no filme de 1986. Os aspirantes da academia em Top Gun (o novo) conseguem a simpatia de quem assiste, embora não tenham muito tempo de tela.


Pouco falei de Tom Cruise, mas nem precisa. Ele foi Tom Cruise. A megalomania dele, dessa vez, foi pilotar um caça (sim!), mas há várias referências, menções a história do primeiro filme, uma cena bonita com Val Kilmer (que enfrenta um problema que o impede até de falar direito), entre outros aspectos que valorizam a memória da produção da década de 1980. Quem não assistiu Top Gun (o primeiro) pode gostar de Top Gun (o novo) e quem é fã do longa irá gostar muito dessa sequência, seja pela história bem construída, seja pelo carinho que recebeu em Top Gun Maverick. Haverá quem diga que mereça mais, mas por ora fico com esta nota.


Nota: 4 acarajés, com uma cerveja paga por alguém apoiar o celular na bancada.


Ficha Técnica


Nome: Top Gun Maverick

Gênero: Drone, Ação e Drama

Elenco: Tom Cruise na velocidade Mach 10, Miles Teller, Jennifer Connelly, Jon Hamm, Glen Powell, Val Kilmer e os aspirantes da Top Gun

Roteiro: Christopher McQuarrie, Eric Singer, Justin Marks, Peter Craig

Direção: Joseph Kosinski

Produção: Tom Cruise (fala dele!), Jerry Bruckheimer, Dana Goldberg, David Ellison, Don Granger

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