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Crítica - Tom e Jerry: O Filme


Ao longo de suas mais de 8 décadas de existência, o gato e rato mais famosos da telinha aparecem agora em 2021 para mostrar que a sua fórmula de sucesso também funciona para a telona. Agora incluídos digitalmente no mundo real em Tom e Jerry: O Filme nossa amada dupla de protagonistas está igualmente leve e cômica como sempre foi, e agora com um excelente elenco de apoio live action que nos presenteia com um filme família e extremamente divertido.


Como sempre a história é bem simplória, Tom e Jerry estão procurando um novo lar, isso que é uma excelente metalinguagem pois de fato é a estreia dos personagens do cinema e principalmente em um contexto que faz a animação 3D interagir com o mundo real. Jerry acaba por se instalar num luxuoso hotel de Nova York que está para receber o chamado casamento do século. Como era de se esperar o desaforado rato começa a causar confusões e a comprometer o bom andamento da realização da cerimônia, e somente um ser no universo consegue deter Jerry, Tom! Quer dizer... A gente sabe que ele geralmente (sempre) não consegue, e é então que começa o furdunço.


Mesmo sendo um filme com uma premissa visando o público infantil, o roteiro se preocupa em trabalhar também a nostalgia daqueles que como eu cresceram assistindo esses icônicos arruaceiros da Hanna-Barbera. Com seu característico humor físico mesmo não sendo novidade é exatamente isso que se espera de Tom e Jerry, qualquer coisa menos que Tom estatelar-se no chão dezenas de vezes seria decepcionante. Fora isso também o timing de humor dos atores live action também está bem cômico e acessível para todas as idades. Confesso que ri, sou muito infantil? Talvez...


Há de se destacar o primoroso trabalho da equipe de animadores que se preocupou em fazer com que os personagens animados destoassem o mínimo possível da simetria do mundo real. Sendo que esse deve ter sido um trabalho minucioso pois todos os animais deste contexto são animados, desde Tom e Jerry até o conhecido bulldog da franquia, Spike, e também pombos, borboletas, elefantes (tem de tudo nesse filme). Em nenhum momento a animação 3D tira o expectador do filme, pelo contrário fica muito plausível e aceitável para a proposta. Excelente.


As atuações não deixam a desejar, destaque para a protagonista humana Chloë Grace Moretz que demonstra ter abraçado o projeto e se divertido muito ao longo das cenas, mesmo sendo difícil gravar muitas vezes sozinha já que os personagens animados principais nem trilha de áudio tem, isso não é fácil (Sir Ian McKellen que o diga). Mas ela realmente tirou de letra, principalmente pelo bom encaixe de contato visual com Tom e Jerry, elogios que se estendem para o trabalho do diretor nessas cenas. O sempre cômico Michael Peña está mais uma vez engraçadíssimo no seu ambíguo personagem. É realmente impressionante a facilidade que esse rapaz tem de fazer as cenas mais nonsenses possíveis com um ar de “seriedade” que torna a situação mais cômica ainda. Gênio.


Por fim, Tom e Jerry: O Filme é para ser assistido em família e deve ser desfrutado com a essência que os personagens sempre tiveram: irresponsabilidade com a trama, responsabilidade com o riso. A sensação sempre será de assistir um belo programa de desenhos pela manhã, com biscoito e café sem as preocupações do cotidiano enfadonho. Forte aspirante a novo clássico da Sessão da Tarde, tenho dito!


Nota - 5 acarajés (Mas escondam de Jerry por favor!!!)




Ficha Técnica:


Título – Tom e Jerry: O Filme

Direção – Tim Story

Roteiro - Kevin Costello

Elenco - Chloë Grace Moretz; Michael Peña; Colin Jost; Rob Delaney; Ken Jeong e Pallavi Sharda

Distribuição – Warner Bros. Pictures

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