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Crítica - Till - A Busca Por Justiça


"Quem não conhece a história tende a repeti-la". Era minha obrigação dizer precisamente se o autor dessa frase foi Edward Burke, George Santayana, Juliette ou Morgan Freeman, mas o Google falhou nessa missão e e ficarei devendo essa informação pra ti. Certo é que você já deve ter visto alguma frase parecida com essa em algum perfil motivacional no Instagram. Inicio o texto com ela porque relembrar injustiças históricas fazem com que outras não se repitam e Hollywood vem sendo um feliz instrumento para relatar casos infelizes vividos num passado recente.


O relato de hoje é sobre Emmett Till, um jovem de 14 anos que foi assassinado no estado do Mississippi - EUA no ano de 1955. O rapaz foi vítima de linchamento por ser um menino negro e descobriu do pior jeito que a vida não era um morango. Essa história e toda a problemática envolvida é retratada em Till - A Busca Por Justiça.


Durante as 2h10 de filme, há uma boa explanação de como era o ambiente naquele período, onde as pessoas pretas estavam em busca de seus direitos civis e havia uma resistência - em forma de racismo - enorme para que essas pessoas pudessem ter direito a  coisas tais como votar nas eleições ou não levar uma bala na cabeça por conta de sua cor de pele. Tudo isso nos leva à tragédia acontecida com 'Bo' Till (Jalyn Hall), como familiares, ativistas e qualquer pessoa minimamente interessada na história lidam com toda essa situação, como a Mamie Till (Danielle Deadwyler) que se vê num dilema entre se jogar no meio de um furacão para ser um artifício da luta pelos direitos civis ou "apenas" lutar pela justiça em nome de seu filho.


Tecnicamente falando, o filme deve bastante. Há atuações muito forçadas, excesso de caras e bocas e a narrativa poderia ser melhor conduzida. Se a pretensão era mirar no Oscar, ficou devendo muito. Entretanto, se o filme foi feito para que a história não se repita, vemos um grande acerto. Há uma mensagem forte que precisa ser repassada e reitero o acerto na ambientação de como era os EUA dos anos 1950. Em 2022, o presidente estadunidense Joe Biden assinou a Lei Emmett Till e qualquer conspiração para crimes de ódio é considerado crime federal. Que a luta vista nesse filme se torne conhecida.


Nota: 3 acarajés

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