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Crítica - Spiderhead

Uma farofa intelectual que não agradou nem quem só assistiu pelo elenco


Uma prisão sofisticada e futurista, onde os encarcerados andam livres dentro dela e não precisam de grades nem carcereiros, porém em troca disso esses mesmos sujeitos se apresentam como voluntários de um experimento do qual eles não têm conhecimento quase que nenhum.



O novo longa da Netflix tem uma premissa até bem interessante mas não tira o aproveitamento necessário para fazer com que o filme seja realmente algo prazeroso de assistir até o final. Nós acompanhamos o prisioneiro Jeff (Miles Teller) uma das cobaias do gênio, milionário e cientista Steve Abnesti (Chris Hemsworth) que foi condenado por dirigir bêbado e matar seu melhor amigo no acontecimento. Steve constantemente se mostra amigável com todos os detentos, mas principalmente com Jeff, a relação deles é quase que amistosa, por isso não há muito julgamento da parte do espectador. Essa amizade inclusive facilita a aceitação da ideia de que seres humanos estão se voluntariando para serem cobaias porque acreditam na ideia de que não conseguiriam fazer nada de melhor em suas vidas a não ser entregá-las à ciência.

Já que falamos do experimento, é bom explicar no que ele consiste, Jeff desenvolveu uma espécie droga em forma de soro que pode modelar o humor de quem a consome e a partir disso ele realiza testes para analisar o comportamento das pessoas antes, durante e depois do uso de tais drogas.


Como eu disse anteriormente, a premissa é até interessante, mas o roteiro se perde muito e peca na execução, a tentativa de entregar um plot twist de qualidade é tão grande que acaba criando o efeito oposto. A maioria dos acontecimentos são previsíveis antes da metade do filme e um dos poucos acontecimentos que é surpreendente não causa o impacto que tentou.


O roteiro não tem coragem de debater os fatos que ele mesmo levantou com a ideia do filme, como controle social, sistema de encarceramento, diminuição do valor da vida humana entre outros temas importantíssimos que poderiam e deveriam ser trazidos à tona, ao invés disso tivemos mais uma vez a tão conhecida batalha do vilão x mocinho de uma maneira bem caricata diga-se de passagem, entregando um resultado apenas raso.


As atuações de Hemsworth e Teller salvam a cena na maioria das vezes, mas não é o suficiente para fazer com que o espectador às vezes pegue no celular para conferir o nada na barra de notificações.


NOTA: 1 acarajé


Ficha Técnica: Spiderhead (Original Netflix)

Título Original: Spiderhead

Duração: 107 minutos

Estreia: 17 de junho de 2022

Dirigido por: Joseph Kosinski

Classificação: 16 anos

Gênero: Ficção Científica, Suspense, Drama

Países de Origem: EUA


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