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Crítica - Ruim Pra Cachorro


Antes de qualquer coisa, que nome de filme ruim. O original é Strays - "vira-latas", numa tradução livre. Seria muito mais interessante trabalhar algo parecido com a expressão, em vez de dar espaço pra trocadilhos que falem mal do longa. Até porque eu vou falar que esse filme é ruim pra cachorro daqui a dez anos.


Mas por que não hoje? Eu ri com um monte de besteira. Algum dia, daqui a dez anos ou menos, sentirei vergonha disso. Inclusive tem muita cena que dá vergonha só de ver. Mas dei boas risadas e isso tem que ser dito. E aí é que tá o problema.


A cabine em que fui exibiu a sessão dublada. A versão brasileira tem um elenco estelar de nomes como Wendel Bezerra, Fábio Rabin, Bruna Louise, Os 4 Amigos e a localizção é excelente (obrigado Fábio Gomes). Entretanto, nem eu e nem quem assistiu comigo imagina esse filme funcionando no idioma original. Era meu papel assistir em inglês para ter uma opinião mais embasada, mas eu vou poupar a mim e a vocês disso. Até porque não garanto que o filme  funcione em português.


Agora eu falo do problema. Vendo o filme, duas produções vieram em mente: Para Maiores e O Urso do Pó Branco. Dois filmes +18 e de qualidades completamente opostas, principalmente na arte da comédia do absurdo. Um tenta fazer piada e só passa vergonha e o outro faz da vergonha uma ótima piada. Ruim Pra Cachorro vive os dois extremos, em alguns momentos, fazendo piadas com cagada coletiva canina, volumes genitais, uso de entorpecentes, muito palavrão e até com Dennis Quaid.


O Zuquinho adolescente não era fã desses tipo de coisa. O Zuquinho de agora aprendeu a rir da própria desgraça e, consequentemente, da desgraça dos outros. O Zuquinho do futuro promete ser um tiozão gente boa, mas com o senso do ridículo mais apurado. No final das contas, o filme terá a nota média, mas com uma potencial nota zero.


Nota: 2 acarajés e um abará

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