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Crítica - Radioactive

Radioactive, lançado no catálogo da Netflix esse mês, é um filme que poderia ser melhor do que foi. Aborda aspectos interessantes da vida no final do século XIX, como xenofobia, preconceito contra as mulheres, e a ganância do homem.


A cinebiografia traz a excelente história de Marie Curie (Rosamund Pike), premiada cientista dos séculos XIX e XX, falecida em 1934. A cinebiografia, contém gatilhos muito oportunos de como era vida de uma cientista nos anos 1800, a falta de oportunidade e a descrença por parte de outras mulheres conformadas com a vida marital e a ordem social vigente.


O longa começa de um jeito que muito me agrada, uma cena inicial de suspense, sob a qual se desenrolará a história. Realmente uma boa maneira de prender na tela do espectador, algo que o filme realmente consegue fazer do início ao fim.



Uma das características que acho muito positivas é o fato de mostrar paralelamente a ambição saudável da Marie e seu marido Pierre Curie (Sam Riley) em querer ajudar a pessoas e a ganância destrutiva da humanidade em usar a descoberta de Marie e Pierre – o Rádio e a Radioatividade – como arma de destruição em massa. Isso é mostrado na obra através de um chocante experimento com uma bomba atômica em 1960.


Os três atos são muito consistentes, apresentando a Marie nas primeiras cenas e Pierre algumas cenas depois. A problemática é bem apresentada com a busca da protagonista em busca do Rádio e os problemas derivados dessa busca, como o agravamento da saúde de ambos. No final do ato é apresentada a crescida Irene (Anya Taylor-Joy – crush oficial do Kiviage Cast), que terá uma grande relevância no terceiro ato.


No tocante a trilha sonora, é rica e sombria tal qual o filme é, e traz, em determinado momento, a trilha sonora final do terceiro ato de Lago dos Cisnes, o que achei particularmente interessante.


Como toda a cinebiografia, contém falhas e cenas que sobram e que são extremamente desnecessárias. O filme se concentra mais na história pessoal da Marie, não tanto em seu trabalho. Mas as falhas, sobras e carências são supridas por Anya Taylor-Joy, que francamente fica bem em qualquer papel.


Nota: 3 acarajés e um bolinho de estudante


Ficha técnica:


Título: Radioactive (Original)

Ano: 2019

Dirigido por: Marjane Satrapi

Estreia: 24 de Julho de 2020 (Brasil)

Duração: 103 minutos

Gênero: Biografia, Drama, Romance

Elenco: Aneurin Barnard, Paul Langevin, Anya Taylor-Joy, Rosamund Pike, Sam Riley, Cara Bossom, Corey Johnson, Demetri Goritsas, Indica Watson, Jonathan Aris, Mirjam Novak, Simon Russell Beale, Tim Woodward (I)


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