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Crítica - Pole Dance: Dança do Poder


(Reprodução - Netflix)

O que vem a sua mente quando se fala em pole dance? Essa obra surge para reconstruir todas as suas ideias sobre arte, dança, sensualidade e sexualidade.


O documentário traz em sua essência uma outra visão sobre, do que se trata a modalidade da dança pole dance. Despindo a visão do espectador de todos os estereótipos associados a isso. Comumente, ao falar sobre pole dance, senão todos, a maioria das pessoas irão imaginar strippers e homens em volta de um palco redondo, com bebidas e notas de um dólar. Importante ressaltar que esse lado não é ignorado nem mesmo romantizado ao longo do processo, mas é tratado com o respeito histórico que lhe é devido.


Felizmente, essa obra também expõe de maneira didática, todo um processo de empoderamento e estilo de vida que a dança pode trazer para todos, mas principalmente para as mulheres. Todos que sabem o mínimo sobre essa modalidade da dança, reconhecem que existem características marcantes de quem a pratica, como por exemplo, o mínimo de roupa possível e a exposição corporal que os movimentos trazem, logo, isso nos leva diretamente ao questionamento: quais corpos tem “permissão” para serem expostos e admirados dessa maneira? A resposta que recebemos é: TODOS


(Reprodução - Netflix)

No documentário existem mulheres de todas as etnias, religiões e formas corporais que compartilham suas diferentes histórias e dores, que se convergem na dificuldade de ser mulher na sociedade. E é a partir dessa partilha de vivências, que inicia-se um processo de aprendizado coletivo onde todas são acolhidas e finalmente se sentem ouvidas sem julgamento. As aulas se tornam acima de tudo um grupo de apoio, onde todas as participantes expõem suas vulnerabilidades e aprendem a se sentir seguras consigo mesmas, não só fisicamente, mas também com as lutas da vida.


Entrar em contato com as histórias que são contadas nessa obra, é repensar a si própria (o), é entrar em contato com o que nos impactou durante a vida e compreender que não estamos sozinhas, e que dar poder ao nosso corpo é também empoderar nossa mente e nossa história, e que fazer isso nos concede força para encarar o futuro.


(Reprodução - Netflix)

Um grande motivo para assistir a esse documentário é, se indispor a abrir a mente para novas nuances da vida e compreender que nada é uma coisa só. Dentro desse único documentário são contadas inúmeras histórias e no final somos surpreendidos com suas reviravoltas, e o mais intenso é ter a certeza de que não foram plots roteirizados e sim que a vida pode ser surpreendente se nos colocarmos expostos para novas oportunidades.

Nota: 5 Acarajés

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