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Crítica - Juntos novamente


Novo curta da Disney traz uma perspectiva não romantizada sobre o envelhecimento e comove o público de maneira fácil.


“Us again” ou “Juntos novamente” conta a história de um homem idoso, chamado Art e sua esposa Dot que revivem momentos gloriosos da sua vida através da música e da dança. Art inicia a narrativa claramente infeliz com sua vida mesmo com todos os esforços de sua esposa para tirá-lo da posição de inércia que se colocou, ao tomar consciência que estava passando pelo processo do envelhecimento.


O curta-metragem não possui nenhuma fala sequer, que não fizeram falta para passar a mensagem que o filme quer.



O processo de envelhecimento não é algo muito discutido, pelo menos na nossa sociedade brasileira, e se tornar velho é, infelizmente, visto como se tornar inútil e ser apenas um fardo para outros, porém, essa não é a realidade. É entendido que as mudanças corporais ocorrem e com elas vêm as limitações, mas se pararmos para analisar só um pouco, vivemos esse processo constantemente, da infância para adolescência, para a vida adulta e depois para a idade idosa. O ponto é que não fomos ensinados a normalizar e acolher da melhor forma esse último estágio, compreendermos sua dimensão, o funcionamento do nosso corpo e respeitá-lo em todas as fases.


E é exatamente isso que o curta-metragem tenta trazer como uma forma de psicoeducação social através da sétima arte. No filme temos acesso aos dois lados da moeda, enquanto Art vive reservado e ranzinza, Dot segue animada, radiante e compreendendo suas limitações sem perder o encantamento pela vida, e eventualmente esses dois lados colidem de maneira suave e delicada, como se espera da Disney, a partir disso temos uma evolução do nosso personagem principal Art, mostrando que nunca estamos deixando de aprender.


Nota: 5 acarajés.

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