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Crítica – Invocação do Mal 3: A ordem do Demônio




Se no seu conceito, filme de terror é só susto, talvez esse filme não seja pra você


Novamente a saga Invocação do Mal retornou com o seu terceiro filme, porém essa sequência não é nada como as outras que já tivemos acesso. A ideia do diretor James Wan foi manter a mesma identidade das narrativas anteriores, mas com uma pegada completamente diferente, coisa que ele conseguiu magistralmente.


Nos dois primeiros filmes da sequência, conhecemos e assistimos Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga) lidarem com forças sobrenaturais e se livrarem delas (independendo do desfecho) utilizando todos os artifícios religiosos possíveis e toda a narrativa rondava na expectativa da descoberta de existir a possessão ou não na casa, ou em alguém que ocupasse o ambiente. Já em A Ordem do Demônio, somos expostos a um cenário completamente oposto. A narrativa já se inicia com um processo de exorcismo extremamente complicado, diferente de todos já exibidos pela franquia, deixando bem claro desde o início que o casal enfrentaria algo muito mais forte do que já enfrentaram antes. O detalhe é que eles não conseguem se livrar do espírito maligno, ele apenas se move de “casca” e, a partir disso, crimes são cometidos e a polícia precisa achar um culpado factível. Sendo assim, a narrativa toma um rumo investigativo e pela primeira vez temos um filme de terror que não só lida com os percalços espirituais e os clichês de casas amaldiçoadas, mas também tentam de todas as maneiras provar a existência do mundo espiritual para um tribunal na intenção de salvar um jovem inocente de ser condenado a pena de morte por um crime que não teve culpa.


Outro diferencial é que esse filme em questão nos proporciona uma perspectiva mais profunda da relação do casal principal, nos dando flashbacks do momento em que se conheceram e da força do relacionamento que eles têm, que claramente é o elo que os mantém juntos desde então. Por esse motivo a narrativa se torna tão preocupante, já que logo no início do filme um dos lados se machuca gravemente e isso acarreta problemas mais graves ao enredo.


Um dos pontos mais interessantes é que sempre que o telespectador inicia um dos filmes da franquia, somos transportados para esse universo enquanto terceira pessoa, ou seja, vemos as ações dos espíritos no ambiente e como Lorraine lida com seus dons, entretanto dessa vez, entramos na cabeça da médium e vemos e sentimos tudo o que acontece com ela, e além disso observamos também da perspectiva do possuído, o que dá um tom muito maior de terror e tensão. Por isso, particularmente, os tão desejados jumpscares, que não acontecem com tanta frequência, não fizeram tanta falta no decorrer do longa metragem, dando lugar a um tensão profunda e quase que constante.


Por fim, mais uma vez, temos um espetáculo de efeitos visuais, uma trilha sonora suave e extremamente adequada, nos deixando ainda mais inseridos no contexto, sem contar com as tão desejadas cenas de romance na medida certa sem interferir na proposta inicial do filme.


Nota: 5 acarajés


Ficha Técnica:


Título original: The Conjuring: The Devil Made Me Do It

Data de estreia: 3 de junho de 2021

Duração: 1h 52min

Gênero: Terror

Direção: Michael Chaves

Roteiro: David Leslie Johnson-McGoldrick, James Wan




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