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Crítica - Imperdoável

O que fazer quando você paga pelos seus erros mas a sociedade não consegue perdoar seus pecados?


O novo filme da Netflix, Imperdoável, parece querer ilustrar isso nesse drama com nomes de bastante peso em seu elenco. Começamos conhecendo Ruth Slater (Sandra Bullock) que passa 20 anos de sua vida presa pelo o assasinato do xerife de Snohomish e tenta viver numa sociedade preconceituosa com ex-detentos (ainda mais um que matou um policial) passando maus bocados na sua precária nova vida. Apesar de todo sofrimento ela ainda tenta reaver o contato com sua irmã Katherine (Aisling Franciosi) que foi adotada por uma nova família após a prisão de Ruth. Fazendo uma rápida pesquisa na internet ela acaba descobrindo que a casa que morava foi comprada por John (Vincent D’Onofrio) e Liz Ingram (Viola Davis) e John após conhecer um pouco da história dela resolve usar sua posição de advogado para tentar ajudar Ruth. Porém algumas coisas começam a ficar estranhas na vida de Ruth, como telefonemas misteriosos e visitas estranhas no lugar onde trabalha.

Um drama com D maiúsculo, me arrisco a dizer, visto a carga pesada que a atuação de Sandra Bullock entrega neste título. Simplesmente a mulher sofre que nem uma condenada quase o filme inteiro mostrando o quão impactante o acontecimento de 20 anos atrás foi na sua vida, ainda mais quando há flashes do passado no filme e você compara a aparência das duas Ruth. Simplesmente não há quase nada a criticar da atuação dela, a não ser a falta de uma cena de choro mais convincente (com lágrimas e tals). Os outros nomes de peso do elenco fazem aparições mais pontuais porém bem colocadas e que não atrapalham a continuidade da história sendo contadas só para eles aparecerem. Vale pontuar que mesmo aparecendo de verdade apenas em uma parte do filme as cenas que envolvem a Viola Davis são muito boas e trazem diálogos muito bem construídos. Um ponto curioso é que temos o Jon Bernthal fazendo o papel de Blake e que ele está a cara do Paul Rudd se fosse mais alto e corpulento… Sério me peguei várias vezes pensando que era o Paul Rudd até ver um close mais próximo e descobrir que não era ele.


Sobre fotografia, posso dizer que é competente e cumpre sua proposta de um filme com ar mais frio e sombrio, intrinsecamente ligado a como protagonista vê sua nova vida - com poucas cores e vários tons de cinza e bege. Sobre áudio não tem muito o que dizer, afinal o filme não exige muito da qualidade de áudio e ela só está ali, sabe? Sobre o roteiro tenho minhas ressalvas… Mesmo esse filme sendo mais um remake (a Netflix tá começando a ficar viciada em fazer isso) de uma série britânica quase homônima de 2009 e que estava com seu roteiro passando de mão em mão desde 2010, ainda assim tem algumas justificativas que não convenceram tanto de que elas poderiam acontecer, como a dificuldade de ver a irmã que não juridicamente coerente e a justificativa para uma das problemáticas do filme que é apenas aceitável. E o plot twist da história é bom porém previsível a partir de certo ponto dos acontecimentos sendo contados no filme. A cena final simplesmente não tem tanto sentido, parece que foi feita apenas para você aceitar que aconteceu porque sim. No mais, é um bom filme pra você que gosta de dramas ou não e que entrega atuações de ponta das estrelas do elenco. Legal assistir numa noite que você estiver procurando um filme bonzinho para assistir.


Nota: 3 acarajés e duas cocadas de maracajivis.


Ficha Técnica:


Título Original: The Unforgivable

Duração: 112 minutos

Ano: 2021

Estreia: 10 de Dezembro de 2021

Distribuição: Netflix

Produção: Construction Film, GK Films, Fortis Films

Direção: Nora Fingscheidt

Classificação: 14 anos

Gênero: Crime, Drama

Países de Origem: EUA, Reino Unido, Alemanha

Elenco: Sandra Bullock, Viola Davis, Vincent D’Onofrio, Jon Bernthal, Richard Thomas, Linda Emond, Aisling Franciosi, Emma Nelson, Will Pullen, Tom Guiry, Rob Morgan.

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