top of page

Crítica - Furiosa: Uma Saga Mad Max

Furiosa: a história da mulher do braço biônico finalmente chega aos cinemas



"Furiosa: Uma Saga Mad Max" chega aos cinemas do Brasil em 23 de maio, dando continuidade ao aclamado "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015). Produzido e dirigido por George Miller e roteirizado por Nick Lathouris, o filme tem uma carga emocional bem mais presente em relação ao quarto longa da saga, que foi criada por George Miller em 1979.


A prequel mergulha na história de origem da personagem Furiosa, inicialmente interpretada por Charlize Theron e agora revivida por Anya Taylor-Joy, revelando os acontecimentos cruciais que moldaram sua personalidade. Com um elenco de peso e efeitos visuais impactantes, o filme promete transportar os espectadores para uma emocionante odisseia pelo deserto pósapocalíptico que define a saga Mad Max.


Sequestrada do idílico Green Valley pelo ditador Dementus (Chris Hemsworth), Furiosa é separada cruelmente da mãe e forçada a fazer longas viagens como parte dos planos de conquista do deserto pelo seu raptor. O longa, dividido em capítulos, acompanha toda trajetória da sua infância, em que é interpretada por Alyla Browne. A protagonista de “Sting” (2024), é responsável por dar vida à Imperatriz em mais de 45 minutos do longa, inclusive quando a relação com Immortan Joe (Lachy Hulme) se inicia.


Ao escolher viver na Cidadela, Furiosa percebe que Immortan Joe pode ser tão cruel quanto Dementus. Então, após quase 1 hora de filme Anya Taylor-Joy dá as caras, o que é particularmente um incômodo, afinal Alyla Browne participou muito pouco das premieres e trailers do filme, recebendo muito menos destaque com praticamente o mesmo tempo de tela - e uma ótima atuação, diga-se de passagem. Nesse momento, Furiosa decide escapar e viver como uma mera escrava e óbvio, se passando por um garoto. Porém, com suas habilidades, ela (ou nesse momento, ele) é logo notada e alcança uma posição estratégica no domínio do deserto.


Neste ponto da narrativa, ela encontra Pretorian Jack (Tom Burke), um “especialista” em sobrevivência na Estrada da Fúria (que ainda é muito diferente do que é mostrado no filme de Theron), disposto a compartilhar seus conhecimentos. Nesses anos - é o que o filme nos dá a entender de forma implícita - uma relação de companheirismo e afeto se inicia, abrindo precedentes para (pasmem!) uma história de amor. Após adquirir experiência, Furiosa parte determinada a buscar a tão desejada vingança contra Dementus, marcando assim o início de um novo capítulo em sua jornada.


Nos capítulos seguintes, somos imersos no deserto e acompanhamos de forma mais intensa o desdobrar da trama, com muito mais ação e um ritmo mais aproximado dos filmes anteriores da saga. De maneira geral, o filme se destaca e reafirma que nenhum diretor compreende a ação como George Miller, sendo incapazes de reproduzir um universo coeso após tantos longas como ele. No entanto, apesar da maestria incontestável, especialmente pela colaboração do diretor com John Seale na direção de fotografia, o filme poderia ter uma duração bem mais enxuta, em que proporcionaria uma experiência menos cansativa para o espectador.


Portanto, sim, vale muito a pena assistir ao filme nos cinemas, especialmente para os fãs de Mad Max, mas é importante não criar expectativas de que supere seu antecessor. Mesmo assim, o filme oferece uma experiência cinematográfica que vai gerar bastante arrependimento se não for apreciada no cinema.


Nota: 4 acarajés





Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page