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Crítica - First Kill (Primeira Morte): 1ª temporada

O “crepúsculo lésbico” consegue ser mais clichê que o original ou finalmente acertamos a receita da relação entre vampiros e humanos?


De tempos em tempos surge uma narrativa que mescla romance, drama juvenil com fantasia, e dessa vez a Netflix trouxe First Kill ou Primeira Morte. Um romance dramático com uma influência do clichê “casal Romeu e Julieta" onde duas amantes proibidas uma para outra não conseguem manter a distância e isso pode prejudicar todos a sua volta.

Honestamente, não posso negar que particularmente esse clichês me chamam atenção, afinal se a fórmula geralmente é repetida, é porque seu resultado foi proveitoso. No entanto, Primeira Morte deixou a desejar em tantos aspectos que fica até difícil de sequer desejar uma segunda temporada.



Iniciamos a jornada conhecendo a história pelo olhar da narradora Julliette Fairmont (Sarah Catherine Hook) (seria coincidência o nome dessa personagem?), a tão doce e inocente ascendente de uma família original de vampiros quase que imortais tendo sua origem no próprio jardim do éden. E é ao conhecer os personagens, que podemos nos dar conta que estamos caindo mais uma vez naquela espiral e quase adivinhamos o final do caminho. Julliette não aceita o fato de ser vampira e não consegue fazer o mínimo do que sua raça precisa fazer para sobreviver, matar para se alimentar. (sério?)


Do outro lado conhecemos Calliope “Callie” Burns (Imani Lewis), filha de grandes caçadores de monstros e aspirante a seu lugar enquanto caçadora, ela se sente atraída pela vampira e a partir dessa união toda a narrativa segue.


Sendo bem sincera, a relação das duas e a química entre elas é a parte mais agradável de toda a série, porque existem vários furos que não podem deixar de ser mencionados. O roteiro traz a ideia de que existe um vasto e diverso grupo de monstros (vampiros estão inseridos) mas não é muito bem explicado o que eles são e o perigo que representam, deixando bem claro a falta de importância dada a mitologia da série, que fazendo parte do nicho de fantasia deveria ser uma das prioridades, além dos efeitos especiais serem no mínimo toscos. As questões envolvendo a narrativa LGBTQIA+ também é bem superficial, trazendo algumas problemáticas sem dar o mínimo de atenção às suas resoluções.


Caso uma segunda temporada seja cogitada para essa série, é necessário que o roteiro encontre um caminho e que consiga abranger a mitologia da série de uma maneira mais detalhada para que o espectador consiga seguir a narrativa com mais profundidade.


NOTA: 2 acarajés


Ficha Técnica: Primeira Morte – 1ª Temporada (Original Netflix)

Título Original: First Kill

Duração: 394 minutos

Ano produção: 2021

Estreia: 10 de junho de 2022

Dirigido por: Eriq La Salle, Jet Wilkinson, Amanda Tapping

Classificação: 16 anos

Gênero: Fantasia, Drama, Romance, Mistério, Terror


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