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Crítica - Besouro Azul


Nesta quinta-feira

Uma decisão vai pintar na tela (da Globo) do cinema

Um confronto que vai definir a história (do futebol) da sétima arte brasileira

Bruna Marquezine é o Brasil na Libertadores

Vem aí: BESOURO AZUL!


Imaginem essa locução na voz do Galvão Bueno.


Começo dizendo que esse filme tem tudo pra conquistar o mundo e, mais ainda, mexicanos e brasileiros. Há uma série de ótimas referências a cultura do México, que nós conhecemos graças ao Sílvio Santos e o SBT (Sílvio Brincando de Televisão).


Jaime Reyes (Xolo Maridueña), nossa Maria do Bairro, vive o fato de possuir poucas oportunidades no mercado de trabalho, drama bem comum entre os latinos residentes nos EUA, e acaba por precisar estar num local que acaba sendo o lugar errado na hora errada. Um grande mérito é fazer críticas sutis através do desenvolvimento dos personagens, como o fato de todos os funcionários de baixo escalão da Victória Kord (Susan Sarandon) serem latinos e são bastante desprezados por ela.


Ainda assim temos uma trama leve, sem o compromisso de ter o tamanho de uma Liga da Justiça do Zack Snyder. Há umas soluções preguiçosas, é verdade, mas nada que tire o entretenimento e a empolgação de quem assiste. Entretanto, mesmo com um desenvolvimento simples de enredo, o filme te ganha pelo super trunfo da história: a família Reyes.


No começo, a irmã do protagonista me irritou um pouco. O fato de os personagens mexicanos conversarem em espanhol e inglês de forma nada orgânica me pegou também, mas o carisma e o excelente tom de comédia te fazem superar esses pontos.


Com um CGI razoável, uma história legal e ótimos personagens, o filme de nossa querida Bruna Marquezine tem fortes elementos pra impressionar o público (principalmente o brasileiro). O ponto do bingo "Bruna Marquezine chorando em cena" pode ser marcado em suas cartelas, com um adendo de que ela tem muito tempo de tela e dá um show na relação com o personagem do menino Xolo Maridueña.


Besouro Azul é pra ser visto no cinema, com amigos e é pra ser encarado sem pretensões. Ninguém aqui tá visando fazer Cinema 2, menos ainda criar um universo sombrio e realista. O foco é no entretenimento e diversão, que são garantidos com sucesso graças ao ótimo elenco, além de se apegar a uma forte relação entre os latinos que vimos na torcida pela colombiana Linda Caicedo na Copa do Mundo Feminina, assistiram o fenômeno Thalía nas novelas e admiraram Pelé no México em 70. A nota deveria ser um pouco menor, mas terá outro valor pra tentar lhe convencer de que o filme é bem legal, mesmo.


Nota: 4 acarajés



Fica! Tem bolo e DUAS cenas pós-créditos!


Como todo filme de um universo de herói, é plantado um gancho para ser desenvolvido numa possível sequência. O fato dele aparecer apenas na primeira cena pós-créditos é um sinal de que o filme deveria se resolver sozinho. Se James Gunn vai deixar a gente sonhar, já é outra conversa.


A segunda tem relação direta com um grande easter-egg apresentado na trama. Deixa o coração quentinho ao assistir.

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