top of page

Crítica - Back to Black

Atualizado: 22 de mai.

Back to Black e a falta de decência das biografias no cinema



Pela convidada Lara Chavez (a quem pedimos desculpas desde já)


Uma bomba. E eu poderia terminar a critica aqui. Dirigido por Sam Taylor-Johnson, conhecida principalmente por seu trabalho em "50 Tons de Cinza" (2015), "Back to Black" chega aos cinemas brasileiros em 16 de maio. Embora a fotografia de John Schwartzman, renomado por seus trabalhos em "Jurassic World" (2015) e "The Amazing Spider-Man" (2012), tenha adicionado um visual impressionante à narrativa, todas as criticas ao trabalho de Taylor-Johnson são reforçadas.


O todo, infelizmente, é um grande tomate podre. Apesar da excelente direção de fotografia, o filme é completamente raso em relação à grandiosidade de Amy Winehouse. Interpretada por Marisa Abela, que faz sua estreia em uma grande produção de Hollywood, Amy é completamente esvaziada na obra. Chega a ser piada o ato de abertura, em que ressalta o fato de que Winehouse gostaria de ser lembrada pela sua música - se depender do longa, ela será lembrada apenas pelos excessos e vícios.


Com foco na relação de Amy e Blake - interpretado por Jack O’Connell - o filme deixa de explorar outros personagens importantes na vida da artista, como o pai, Mitch (Eddie Marsan), e o trabalho com Mark Ronson (interpretado por Jeff Tunke, mas mal apareceu no filme). O relacionamento com sua tia também não foge dessa critica. Cynthia (Lesley Manville), apesar de aparecer com bastante notoriedade, não recebe aprofundamento adequado, prejudicando a carga dramática do filme. Essa falta de desenvolvimento resulta em uma narrativa que carece de profundidade, desperdiçando oportunidades de enriquecer a história e a compreensão do público sobre a complexidade da artista.


Embora em segundo plano, a sexualização é constantemente presente no filme, exagerando situações e incluindo símbolos sexuais de forma desnecessária durante a construção da narrativa. Aqui, eu realmente não sei o que se passou na cabeça de Taylor-Johnson - provavelmente algum trauma da crítica por 50 Tons de (Terror) Cinza. Além disso, o roteiro e direção pecam amargamente ao explorar em quase nada o peso da narrativa midiática na vida de Amy, limitando os paparazzi a seres irritantes (nada mais do que todos já sabem). Vindo da Monumental Pictures, produtora de “Cats” (2019), não poderia se esperar boa coisa. Dito isso, eles conseguiram entregar pior.


Particularmente, eu não gastaria meu tempo indo ao cinema, é o tipo de filme para ser visto em streaming, no conforto de sua casa.


Nota: 1 acarajé

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page