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Crítica - A Menina que Matou os Pais / O Menino que Matou meus Pais

AVISO: Esta é uma análise sobre a obra construída em cima dos roteiros de Ilana Casoy e Rafael Montes, nada além disso.


As narrativas que contam a histórias de um dos crimes mais hediondos cometidos no Brasil e que foi foco da mídia nacional durante muito tempo, não poderia chegar sem o peso das polêmicas que envolvem os acusados do crime. Suzane Von Richthofen (Carla Diaz), Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencuort) e Cristian Cravinhos (Allan Souza Lima) foram réus e condenados no caso da morte dos pais de Suzanne e os filmes possuem apenas a função de relatar os fatos de acordo com a versão de cada réu envolvido no caso.


Em A Menina Que Matou Os Pais, a história é narrada pelo Daniel Cravinhos na corte durante o julgamento. Voltamos na época em que ele era namorado de Suzane Von Richthofen. E em sua versão, ele narra uma jovem cheia de problemas familiares constantemente controlada pelos pais, que busca uma válvula de escape nas drogas e até mesmo no seu próprio relacionamento com Daniel e sua família, que se mostravam muito mais acolhedores e compreensivos que a dela. Daniel retrata a família de Suzane como classista e extremamente agressiva, Ela era tão vítima e refém do seu círculo familiar que chegou ao ponto de que a única saída era planejar o assassinato dos pais. Nesse meio tempo Daniel se mostra isento da culpa de fazer parte do plano e ainda tenta inocentar o seu irmão mais velho, que também participou do crime, deixando Suzane como a única interessada no acontecido e colocando-a na posição de manipuladora das ações dos dois rapazes.


Já em O Menino Que Matou Meus Pais, também na corte, Suzane expõe a sua versão dos fatos colocando o seu ex-namorado como controlador, abusivo e que não respeitava o relacionamento dela com os pais. Inclusive ela relata que quem ofereceu as drogas para ela foi ele, diferente da primeira história relatada. Seguindo o contexto, Suzane assume o fato de ter sido manipulada pelo ex-namorado que, segundo a própria, “envenenou o relacionamento familiar que ela possuía” e inclusive reforçava o uso de drogas constante até o momento que Suzane poucas vezes se encontrava sóbria.


De um modo geral, os dois filmes tinham um potencial gigantesco, porém o que recebemos é uma entrega completa da Carla Diaz, que com certeza está em sua melhor atuação até o momento e uma obra básica que mais nos remete à um caso de matéria do Linha Direta ou do Fantástico.


Nota: 2 acarajés e um abará




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