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Jay Leno pede perdão pelas piadas racistas no passado: “No meu coração, eu sabia que não era certo"

Há mais de uma década sendo criticado pela comunidade asiática norte-americana por suas piadas de cunho racista, Jay Leno, comediante e antigo apresentador do The Tonight Show, pediu desculpas sobre as piadas continuas mirando estereótipos asiáticos.


Guy Aoki, líder da Media Action Network for Asian Americans (MANAA), grupo ativista que tem como principal objetivo a proteção e a denuncia de atitudes racistas nos EUA, havia se encontrado por meio de uma reunião pelo Zoom com Leno. “Eu realmente achei que as piadas não eram ruins, afinal, meu objetivo era criticar todo um contexto da sociedade onde parecia que todo mundo estava reclamando de tudo”, disse o comediante, “mas eu realmente peço desculpas e não considero que nesse caso se trata de parte da cultura do cancelamento. É algo legitimo e precisa ser endereçado. Minhas esperanças estão em que a comunidade asiática aceite minhas desculpas”.


A notícia vem num contexto de aumento de mais de 130% no nível de crimes contra americanos com descendências asiáticas e suas respectivas comunidades, tendo em mente o tiroteio que matou oito pessoas, sendo seis delas mulheres asiáticas, na cidade de Atlanta, e contínuos casos onde a população asiática, mas principalmente idosos, estão sofrendo violência nas ruas, entre espancamentos e xingamentos de teor racista.


Com o COVID-19, apelidado pela mídia e pelo ex-presidente americano Donald Trump, de “vírus chinês”, correlacionando a comunidade asiática à doença, apesar da Organização Mundial de Saúde ter recomendado o não uso de localidades e/ou etnias como forma de endereçar doenças, estes ataques têm proporções muito maiores do que imaginamos. “As pessoas olham para os asiáticos na rua e não veem um compatriota, alguém com quem podem ter coisas em comum, e sim um inimigo, alguém correlacionado à estereótipos negativos, descarregando sua raiva e frustração pelo atual contexto neles”, disse o presidente da MANAA, Rob Chan.

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